Chegámos com a mesa posta. Feitas as apresentações e um pequeno reconhecimento visual da herdade, sempre sob o olhar atento da Mel, a simpática cadela da propriedade, passámos de imediato para a prova dos vinhos.
Começámos pelo rosé, que não é comercializado, receita caseira portanto. Mostrou-se guloso, fresco e directo, perfeito para início de conversa. Até a piscina ficou mais convidativa. Depois vieram os brancos. O 2011, cítrico e elegante, e o 2012, acabado de engarrafar, mais envergonhado, a mostrar alguma barrica, mas dentro do mesmo perfil.
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Com o cozido chegaram os tintos em jeito de vertical. Começámos pelo 2004, que se mostrou bem vivo para quem já vai a caminho dos dez anos de idade, fruta preta e sugestões de couro, com suaves notas de evolução, que casavam lindamente com o prato que estava na mesa. Um Alentejo diferente. Depois o 2005, o mais fresco do grupo, a mostrar também ele boa vitalidade. O 2008, com a fruta bem madura, mostrava Alentejo, mas a boca era fina e nunca sucumbiu ao desafio que os enchidos lhe impunham. Para terminar, o Reserva 2007. Mais adulto, com mais corpo e intensidade. Um degrau acima, diria eu. Belo tinto a fechar com chave de ouro a refeição. |
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